quinta-feira, junho 23

São todos, ou apenas um!

Um some, e aparece quando meu sono chega só pra me fazer rir, me contar histórias e me obrigar a dormir tarde, nesse eu não toco mais. Só que isso, é detalhe.
Um quer me comprar com carinho, me faz querer estar com ele, e mesmo que eu não queira, me faz pensar no assunto... quem sabe eu queira na semana que vem.
Um me toca com amor, passa os dedos entre os meus cabelos pra me fazer dormir, me acorda com beijos e mesmo me machucando as vezes, sabe que eu vou atender o telefone a qualquer hora.
Um me faz chorar, porque é idiota, e homens idiotas me fazem chorar.
Um vai me dar o mundo de presente assim que eu tiver coragem de esquecer que o resto do mundo existe.
Um me tira o chão, me tira o ar, me dá uma cerveja e as melhores sensações que já tive na vida. E apesar de ele não estar lá quando eu preciso, sempre vai ter um espaço.
Um é pra casar, quer ser o único, quer fechar meus olhos, é tão bonitinho... há se eu pudesse fechar os olhos, casaria com ele.
Um me faz ficar sem graça, e ao mesmo tempo, me faz perder a vergonha.
Um me fez perder o sono, a fome, me deu os piores sentimentos. Mas me ensinou tanto, que não posso nem por um momento pensar em sentir algo ruim em relação a ele. Ainda dou um sorriso nostálgico todas as vezes que nos encontramos, só pelas histórias.
Um me deu uma das coisas mais importantes da minha vida, as palavras, mas nem sonha com isso, está drogado demais para entender qualquer coisa.
Um me faz sentir menina, pega na minha mão e me leva por aí, cuida de mim. Como eu amo isso.
Um me faz sentir mulher, pega na minha mão e me leva pra casa, me bagunça, fala coisas em meus ouvidos... eu ainda escuto a voz todas as noites quando vou dormir.
Um não me fez sentir nada, mas quer fazer, vai fazer.
Um é o primeiro, quer ser o último.
Um diz que me ama, que sente ciumes, me faz perguntas, quer saber se tenho outro cara! Eu sempre digo que não, nunca tenho outro.
Eu poderia escrever sobre todos, mesmo que ele fosse apenas um.

domingo, junho 12

A mulher mais bonita do bar.

Tem gosto de café.
Desperta o meu melhor e o meu pior, me tira e me devolve o sono, esconde o meu sorriso e só me devolve na semana seguinte. Se acha no direito de entrar e sair de mim quando bem entende. Tudo bem, eu aceito tudo isso, com a condição de que suas mãos continuem em minhas pernas enquanto ficamos em silêncio, apenas respirando o ar quentinho, esquecendo de lembrar das coisas importantes.
Me disse que eu era a mulher mais bonita do bar, enquanto eu me pegava bebendo todas as garrafas, rindo alto,  esquecendo o caminho de casa, enquanto tropeçávamos nas pedras soltas da rua (me pego pensando, se na verdade, não eramos nós que andávamos soltos demais).
Segura mais uma vez em meus braços, enquanto eu pego o casaco e não me deixa ir, diz novamente que vamos ficar ali pra sempre, que não vai me deixar levantar, me dê aqueles beijinhos pelo rosto todo na hora em que o sol entrar pela janela, e eu prometo que ficarei para sempre.