sábado, dezembro 29

Espera!

E eu me sentei aqui e fiquei olhando as fotos.
Incrível como eu ainda fico com os pelos do braço arrepiados quando lembro que você existe, que ainda respiramos o mesmo ar.
Fazia tempo que eu não escrevia sabia?

Eu fiquei pensando "Se eu tivesse saído de casa ontem, se eu tivesse ido até lá, você estava me esperando?"
Será que eu ia enxergar a espera nos teus olhos?

Você continua lindo sabia? O tempo não passou pra você?
Sabe, acho que como diria Gessinger, eu envelheci 10 anos ou mais desde a última vez em que te encontrei na rua, que coloquei meus olhos em você no meio daquela multidão de pessoas que seguiam para casa, para o trabalho, para o bar, para a puta que os pariu... aquela tarde, em que eu apostei que te beijaria mas olhei pro lado bem na hora!

Sabe, se você me esperou aquela noite em que eu preferi ficar comigo, se você vai me esperar hoje, ou amanhã... ou semana que vem, eu quero que você saiba que eu continuo sua.


sábado, setembro 29

Escrevo

E se no teu corpo eu vejo folha em branco!
Me escrevo, escrevo as nossas falas, escrevo os nossos sorrisos, nossas frases, os sussuros (...) aquilo que você me falou no ouvido semana passada.

Eu escrevi uma música que começava em seus dedos, dançava em suas pernas, corria em seu peito, se aconchegava em seus ombros, dormia em suas costas, estava  entre seus braços, entre minhas pernas.

Que poema bonito aquele que eu escrevi em suas pálpebras, em seus olhos fechados! Eu escrevi nas tuas bochechas, eu desenhei, eu pintei.

Eu me escrevi em teu corpo todo, pelo simples fato de você ser meu, todo meu, cada pedaço, de cada sorriso á cada lágrima, de cada xícara de café pela amanhã a cada copo de cerveja no boteco a noite.
Eu me escrevi em você, pois você era a minha folha em branco, e eu acabei perdendo as contas de quantos corações tortos desenhei em suas costas, enquanto ofegantes sorríamos.

Hoje, se você esta com alguém, não a deixe apagar as palavras do teu corpo, não a deixe se sujar na tinta, eu não me importo com nenhuma merda que posso acontecer, comigo, ou com você, a única coisa que me importa aqui, são as palavras que eu escrevi.






sábado, junho 9

amor.

Emily's. Satis

 
   Amor, o que eu posso fazer se as suas mãos estão geladas? O que eu posso fazer se o meu peito não aperta mais quando você me diz que vai embora? O que eu posso fazer se quando você me aparece, o meu sorriso não ilumina mais?
    Ai amor, se você soubesse o quanto eu te amei não me olharia assim. Não faz o meu olho se encher d'água, não me diz que a culpa é minha, foi você que prometeu voltar aquela noite e não voltou, foi você quem me disse que o tempo passa e os sentimentos mudam. Foi você quem fez o acordo de que nós brincaríamos e daríamos a mais sinceras risadas enquanto o tempo nos desse tempo para sermos nós, e não eu & você
    Não deixei de te amar, ainda amo tudo, ainda amo te ver fazer o café da manhã, ainda amo o modo como você me olha quando eu desço as escadas, ainda amo acordar no meio da noite com o telefone tocando...mas o meu peito não aperta mais quando você me diz que vai embora.
    Amarei as lembranças enquanto elas existirem.



domingo, maio 13

Quanta bobagem


Vou colocar os meus pés no chão gelado sem as meias... vou pegar um resfriado!  Posso até morrer, mas antes vou abrir a cortina, só pra quando amanhecer, eu poder ver você amanhecendo.
Eu vou levantar bem devagar, só pra não te acordar, porque você não tem noção do quanto é lindo dormindo.
Eu quero ver o escurinho ficar claro gradativamente e cada parte do teu corpo se encher de luz, pra eu poder voltar a dormir pensando em como você pode ter sido feito assim... na medida certa pra encaixar em mim. 

Vou acordar quando você levantar devagar, devagar pra não me despertar. (Sem saber que eu vou acordar e fingir estar dormindo).

Eu vou ouvir seus passos indo até o sofá, teus movimentos colocando o moletom cinza, o fogão ligar, a água ferver, vou sentir o cheiro de café, e quando eu senti-lo, vou saber que logo logo você vai me acordar.
Você sempre deita de mansinho, me aperta, passa os dedos pelo meu rosto... dai eu me encolho, viro de lado, você beija meu pescoço e me diz pra acordar, mas não sem antes exaltar mil vezes a minha eterna preguiça.

Eu reclamo do frio, sempre quero ficar mais tempo na cama e as vezes você leva o café pra mim, eu gosto disso. Eu gosto de gostar disso, eu gosto de gostar de alguém, eu gosto de não precisar fingir um desamor por medo de que você não me ligue amanhã. Gosto do jeito que você me fez entender que se pode gostar de alguém.


Quanta bobagem!


arte by: Hope Gangloff



domingo, março 11

aleatoriedades.

esqueci das palavras que me martelaram a semana inteira, as palavras que queriam gritar da minha boca enquanto colocava meus fones de ouvido, ou enquanto fingia prestar atenção nas pessoas e internamente lembrava da primeira vez em que ele me ligou no dia seguinte, e da segunda e da terceira assim por diante por muito tempo.


fiquei lembrando de como foi bonito naquela época em que as chuvas e as pessoas não podiam nos atrapalhar, que o caminho mais longo era melhor porque teríamos mais tempo pra rir das pessoas e terminar as cervejas que compramos no posto de gasolina da esquina, aquele perto do ponto de ônibus.


fomos tão nós por tanto tempo que eu até me esqueci. 


mas eu esqueci das palavras que me martelavam a semana toda, não ando boa das memórias mesmo.


ultimamente só tenho lembrado dos olhos claros e do cabelo estranho, da música que me cantou no ouvido e esqueceu da letra, das paredes que contavam história, das sardas na bochecha, no jeito legal de pronunciar o meu nome, do jeito como consegue me confortar, do modo como consegue mexer comigo mesmo quando esta longe, das conversas de madrugada, do CD do Engenheiros do Hawaii, da esquina da casa dos meus pais, dos passeios de madrugada, da conversa na calçada, do assovio ás 1 da madruga... são todos aleatórios!






















são só coisas aleatórias

segunda-feira, fevereiro 20

já faz tempo.

já faz um tempo que é esquecimento.
já faz um tempo que não é música.
já faz um tempo que eu não sonho.

já faz um tempo que não machuca.

eu tinha me esquecido como era não te-lo por perto. Não esperar, não chorar.

eu não morri então.
eu acordei mais uma vez.

eu já tinha me esquecido como era não pensar!

domingo, janeiro 22

sábado.

E ela passou a noite toda dando mole pra um cara que estava mais a fim de pegar o amigo dela do que ela, e teve aquela menina no banheiro que começou a dar moral pra ela, até que era gatinha, pena que ela não estava afim!
Também esperou aquele outro cara com quem ela já saia a algum tempo, mas ele não apareceu... então ela dançou de olho fechado e deixou cair cerveja no cabelo da menina que não parava de rebolar do lado dela... nem dá nada, ninguém estava ligando pra nada mesmo... era uma viajem muito particular de cada um naquele lugar.
De 1:00 da manhã, o relógio pulou para ás 05:00 sem que se passassem nem 3 minutos, cumprimentou o bar-man, velho conhecido com um beijo, pediu água, acabou, pediu uma Coca, um copo descartável e gelo, pagou a ficha amassada a molhada, foi pra casa com os pés doendo!