quinta-feira, março 10

A arvorezinha.

 Não é impressão minha, aquela arvore que meu pai plantou quando eu tinha 7 anos já esta ficando bem grandinha lá no quintal.
 As minhas amigas não sentam mais comigo na frente de casa pra falar do carinha bonito da 8ª série, e meus finais de semana não são passados na rua jogando vôlei, ou comendo a comida da minha avó no sitio.
 Eu não estou mais pensando em o que vou ser quando crescer.
 Nenhum cara foi na minha casa pedir pro meu pai, pra sair comigo, e o baile de formatura no colegial não teve tanta graça.
 Eu fui obrigada a fazer muita coisa que não quis, deixei de fazer muita coisa que quis fazer.
 Acabei vivendo em função de pessoas que não valiam a pena, e vivi sem pessoas que eu acreditava serem necessárias para continuar a viver.
 Não esta acontecendo como eu imaginava que ia ser.
 As coisas são fáceis ... fáceis de lembrar, fáceis de escrever! Dificil mesmo é parar pra sentir o que esta mudando.
 E não é que aquela arvorezinha cresceu mesmo?
 E não é que eu parei mesmo de pensar no que vou ser quando crescer?!

2 comentários:

  1. Cíntia, você me descreveu por inteira, pelo menos uma metade de mim, os pensamentos, as sensações e as descobertas que a gente vê ao longo da nossa vida. Aquelas amigas, aqueles amores, tudo e tudo! Foi posto aqui e sentido por mim.

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  2. Aqueles amoores ...
    Coisas boas de lembrar. rs

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