terça-feira, novembro 17

Patético


E o amor próprio voltou. A última esperança de que desse certo havia sido jogada no lixo naquele fatídico fim de tarde. 

O processo de esquecimento havia começado, era a parte mais dificil da longa historia que ela havia vivido com ele.

Era um vício que tinha de ser deixado, era um sentimento que tinha de ser esquecido, era um pedaço que havia apodrecido e deveria ser arrancado antes que estragasse todo o resto. Não era fácil, nem um pouco fácil.
Resistir ás lembranças era algo que a pegava de surpresa, como controlar a mente quando ela insiste em te lembrar que ele estava lá, e o quanto era bom estar ao lado dele? 
Assistir á um filme, caminhar, escutar música, escrever ... se distrair com o que se tudo fazia aquela porra de mente lembrar dele?

Um lenhador imáginário com seu machado imaginário arrancou á fundo aquelas raízes que ele tinha deixado bem fixadas dentro dela ... 
Como se isso fosse possível. ela já tinha imaginado isso muitas vezes, logo após olhava para o espelho e dizia, agora ACABOU.
Pena que não conseguimos mentir para nós mesmos.

Um comentário:

  1. Fato...fato...fato... "olhava para o espelho e dizia, agora ACABOU." nunca acaba apenas se substitui. fato... Que um livro com todos os teus textos... se não o fizer eu faço. falei e disse. ;)

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